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TDAH no contexto escolar

POSTADO POR META | 20/05/2019

Hoje vamos falar sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e sua manifestação no contexto escolar, onde os comportamentos inerentes a este transtorno se mostram mais perceptíveis e, muitas vezes, mais intensos.
Vamos, primeiramente, pensar o que acontece.
No processo de aprendizagem, para que o aluno tenha sucesso, além da compreensão do conteúdo oferecido, linguagem e habilidades motoras preservadas, ele precisa saber como planejar e organizar as tarefas, se adaptar às mudanças de forma flexível, necessita controlar seus impulsos e monitorar seus pensamentos e comportamentos, bem como refletir sobre o seu trabalho. Todas essas habilidades integram as denominadas funções executivas (FEs). Sabe-se que o que caracteriza o TDAH, além das falhas atencionais, é um prejuízo significativo das FEs. Elas possibilitam a orientação e o gerenciamento da cognição, do comportamento e das emoções.
Os sinais precoces, que devem ligar um sinal de alerta, aparecem em crianças que tem dificuldade em permanecer quietas quando o ambiente e a situação assim o exigem, geralmente "aprontam", mostrando-se muito agitadas. Muitas vezes não parecem ouvir quando são chamadas e têm dificuldade de seguir instruções e se organizarem para atender o que lhes é solicitado. Geralmente evitam atividades que exigem um maior esforço mental ou aquelas que têm um intervalo de tempo mais prolongado. São crianças que tem dificuldade em aguardar sua vez nas atividades, interrompem os outros, mudam de assunto frequentemente em uma conversa, são mais impulsivas e podem chegar a apresentar comportamento mais agressivo. Portanto, com a entrada na escola, a dificuldade de aprendizagem, de relacionamento interpessoal aparece como consequência desse funcionamento, podendo levar a reprovações e até mesmo expulsões, gerando sentimentos de menos valia decorrente desse fracasso no desempenho escolar.
Como podemos perceber, o comportamento hiperativo, disruptivo e impulsivo interfere não só no desempenho da criança, mas também no dia-a-dia do professor e alunos e pode se refletir em toda a escola, exigindo maior atenção por parte dos profissionais. Dessa forma, entendemos que o professor tem um importante papel na melhora do processo de aprendizagem da criança, junto à equipe multidisciplinar, desenvolvendo um trabalho em conjunto.
Não existe exame ou teste que possa determinar esse diagnóstico, ele é clínico. Para tanto, devem ser realizadas avaliações considerando as dificuldades apresentadas através de abordagem multidisciplinar. São coletadas informações com a família e com a escola, a respeito do comportamento, sociabilidade e aprendizado, além de escalas específicas, para a avaliação da gravidade dos sintomas. Geralmente o médico solicita avaliação neuropsicológica, psicopedagógica e fonoaudiológica, a fim de aferir o funcionamento cognitivo, além da observação clínica do comportamento, que funcionam como instrumentos auxiliares para o estabelecimento diagnóstico.
O tratamento do TDAH se dá através de intervenções de psicoeducação voltadas ao paciente, à família e a escola, em que os sinais, sintomas e tratamento são esclarecidos; intervenções diretas com o paciente que podem envolver psicoterapia, psicopedagogia, fonoaudiologia e reabilitação neuropsicológica, além das intervenções farmacológicas.
É necessário um planejamento de estratégias envolvendo direção, coordenação, professores no ambiente escolar e equipe técnica, organizando o processo de ensino para que assim o aluno possa ter um melhor aproveitamento da aprendizagem, sendo atendido em suas necessidades específicas.

Equipe Meta

Imagem: Fundo foto criado por pressfoto - br.freepik.com

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