O ano de 2021 começou, a expectativa era do retorno à normalidade em todas as áreas e, mais especificamente, a tão aguardada volta às aulas. Essa volta às aulas envolve não somente o aluno, mas também os pais que devem tomar uma decisão a respeito daquele que está sob sua responsabilidade, o que pode gerar insegurança e ansiedade para esse passo. Pensando que os pais funcionam como modelo para o enfrentamento de crises e resolução de problemas, seus sentimentos são captados pela criança que responderá de modo semelhante.

A criança precisa fazer o enfrentamento da nova situação dentro do contexto escolar e isso demanda um processo de readaptação que traz alguns custos, que a princípio geram ansiedade. O papel dos adultos envolvidos nessa situação é essencial no sentido de tranquilizá-las e com isso tornar essa passagem mais suave.

É importante os adultos ficarem atentos ao comportamento das crianças e adolescentes que podem apresentar sinais de ansiedade, tais como: alterações fisiológicas (sudorese, alteração de batimento cardíaco, falta de ar, dor abdominal), roer unhas ou objetos, chupar dedos, evitação, inquietação e desatenção. O uso excessivo de eletrônicos e o aumento do consumo de alimentos também podem ser indícios de ansiedade. Essas alterações podem estar refletindo pensamentos catastróficos, muitas vezes intensificados pelos conteúdos que circulam pela mídia em geral, e mesmo por pessoas próximas.

Nesse contexto, as escolas estão se mobilizando para propiciar um ambiente em conformidade com os critérios exigidos pelos órgãos da saúde, bem como o acolhimento do escolar. É importante um olhar cuidadoso para além das questões pedagógicas, sentindo como essas crianças e adolescentes estão quanto aos aspectos de saúde mental e, se necessário, planejar intervenções.

O papel dos pais é o de acompanhar essa volta às aulas, confiar na escola e dar segurança aos filhos para que esse retorno seja feito de uma forma mais tranquila.

Equipe Meta

Imagem: Escola foto criado por freepik - br.freepik.com

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